quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Afaste-se do caos,
por
um momento.
Respire, avalie,
permita-se.
Valorize a
solidão,
por um instante.
A clareza que ela traz,
a
paz.
Organize em sua mente,
todos os planos.
Precisos,
cirúrgicos,
metódicos.
Contemple a completude,
universal.
E,
após um suspiro,
tome fôlego...
Bagunce
tudo.
Lance-se,
Mergulhe,
Perca-se,
Misture-se,
Una-se,
De
volta
à anarquia
do mundo.
Eu sei que te apresento um sorriso bobo, um olhar vazio e palavras de disfarce. Por vezes você não percebe, e seguimos em frente. Mas, por vezes, algo nessa máscara te incomoda e você pede um pouco mais. Eu esquivo.
Há um certo receio em te deixar ir além. Esses olhos vazios escondem mais do que deixam transparecer, é a intenção. Trespassados, esses olhos vazios revelam um turbilhão de lamentos e amores, uma confusão de sentidos e sentimentos, uma efervescência de desejos, uma nebulosa de frustrações.
Não é me fazendo de difícil, ou querendo ser complexo. Não é medo. É a realidade. Uma vez dado o mergulho, em sua plenitude, não há retorno. Só há persistência, entendimento ou arrependimento.
Por isso não se engane (ou o faça, se quiser) por esse sorriso bobo, essas palavras de disfarce, esse olhar vazio. Esses olhos vazios escondem em si um universo.
Por vezes eu me sinto ilha: completo em meu ecossistema, me basto, me aceito, sobrevivo; mas sou pequeno, limitado, cercado de um nada por todos os lados. Mas basta um momento, um sorriso, uma conversa, um encontro, (um fim de semana), para me lembrar que sou universo, cercado de estrelas, de amor, amizade, reciprocidade. Sou Pangéia!
O sorriso esperançoso de ver que as coisas estão se movimentando, de ver que as pessoas cansaram de aceitar caladas toda merda que é lançada sobre elas, de ver que o conformismo, o egoísmo e o comodismo, tão fáceis de se adotarem, por vezes rompem-se em revoltas solidárias, em lutas justas, em uma comunhão em prol do que é melhor para todos e não só para alguns.
A tristeza cínica de quem já está acostumado a apanhar, que se vislumbra com um momento, com o rompante, mas guarda em si aquele sentimento de derrota, de que a luta é bela mas é utópica, de que no baixar da poeira tudo vai voltar a ser como era antes, engolido, apropriado pela máquina, o de sempre disfarçado de novos ares.
Mas mesmo assim, verás que um filho teu não foge à luta, e que tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
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